Adriano de Sousa Lopes nasceu na freguesia de Pousos, concelho de Leiria, a 13 de Fevereiro de 1879. Filho de Luís da Costa e Sousa (natural de Rebolaria, Batalha) e de Júlia do Carmo (natural de Vidigal, Pousos). Neto paterno de Inácio da Costa e Sousa e de Joana da Conceição. Neto materno de José Luís Carlos e de Inácia Claudina.
A sua vida profissional iniciou-a como ajudante de farmácia, em Alcobaça.
Contudo, com grande talento para o desenho e para a pintura, Sousa Lopes, com o incentivo de várias figuras leirienses que lhe reconheciam tal arte, como Afonso Lopes Vieira, foi estudar para a Academia de Belas Artes, em Lisboa, no ano de 1898, com 19 anos, onde foi aluno de Veloso Salgado (pintura) e de Luciano Freire (desenho).
Sousa Lopes procurou beber informação artística além fronteiras. Dessa forma, concorreu para pensionista no estrangeiro e obteve o primeiro lugar, partindo, em 1903, para Paris, França. Naquele país, frequentou a École Nationale des Beaux-Arts e a Académie Julian, onde estudaram, por exemplo, artistas como Pierre Bonnard e Edouard Vuillard.
Aquele ilustre leiriense formou-se com Fernand Cormon, pintor académico consagrado pela sua pintura histórica.
Ainda em Paris, Sousa Lopes expõe no Salon d’Automme de 1904 a 1906, 1908, 1909 e 1912. Três anos mais tarde é organizador da Secção de Belas Artes do Pavilhão Português na Exposição Internacional Panamá-Pacífico, cuja organização foi em São Francisco (Califórnia) nos Estados Unidos da América.
A sua primeira exposição individual, já na capital portuguesa, tem lugar na Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1917. Ainda nesse ano, parte a Primeira Guerra Mundial como oficial artista com o posto de capitão. Foi o único pintor a acompanhar o Corpo Expedicionário Português.
Sousa Lopes, principalmente até 1927, viajou pela Europa e pelo Norte de África, passando grandes temporadas em França e Portugal. Nesse ano, volta a expor e foi nomeado director do Museu de Arte Contemporânea (designado por Columbano Bordalo Pinheiro).
Este Leiriense começava a viver o ponto alto da sua carreira, no aspecto de reconhecimento e valor artístico. Em 1932 é eleito vogal da Academia Nacional de Belas Artes e nessa década recebe várias encomendas onde se destacam as pinturas decorativas para o Salão Nobre da Assembleia Nacional e para o Museu Militar de Lisboa.
Adriano de Sousa Lopes colaborou diversas vezes com grandes projectos onde se destacam algumas exposições históricas e comemorativas como “Arte Portuguesa da Época das Grandes Descobertas ao século XX”, em Paris (1931) e “Primitivos Portugueses”, em Lisboa (1940).
Sousa Lopes deixou imensos trabalhos espalhados pelos diversos países por onde passou. Bebeu da cultura francesa (Paris) e da cultura italiana (Veneza e Roma), dando-lhe conhecimentos para desenvolver a sua arte. O Museu de Arte Contemporânea possui trabalhos muito interessantes de Sousa Lopes em homenagem ao seu papel como director mas, principalmente, à sua importância como artista e homem da grande causa cultural.
Adriano de Sousa Lopes faleceu em Lisboa a 21 de Abril de 1944.
Adélio Amaro
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