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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Os Açores e a República Portuguesa

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Associações da Horta com sede nova

Três novas associações do concelho da Horta receberam, do Presidente da Câmara Municipal, as chaves dos novos gabinetes, onde passará a funcionar a sua sede social.
Os gabinetes estão integrados no Centro Associativo Manuel de Arriaga, o primeiro núcleo do género nos Açores e um dos poucos modelos a funcionar em todo o país. Na cerimónia realizada na sala de reuniões do Centro Associativo compareceram 10 associações que procederam, igualmente, à formalização do seu processo de integração naquele espaço.
O Centro Associativo possui 14 espaços, estando 10 já ocupados por associações culturais, desportivas e filantrópicas do concelho da Horta, dois em processo de regularização do processo e outros dois em fase de análise de candidaturas de integração apresentadas.
Segundo o Presidente da Câmara Municipal da Horta, esteve na base da criação do Centro Associativo Manuel de Arriaga, o objectivo não só complementar o sistema de apoios ao movimento associativo já existente, ao nível de sedes sociais, mas também con-tribuir para uma maior interligação entre os vários movimentos existentes, que passam a poder trocar experiências, rentabilizar recursos ou promover projectos em conjunto.
O Centro Associativo Manuel de Arriaga será gerido pela empresa municipal Hortaludus, vocacionada para o efeito, sendo parte integrante de um edifício outrora pertencente à rede escolar do primeiro ciclo do concelho da Horta, que albergará, no próximo ano, também, a delegação do Faial da Rádio e Televisão dos Açores.
CM Horta

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O terramoto de 1841 nos Açores

Nascidas no meio do imenso Atlântico, as ilhas Açorianas não negam a sua origem vulcânica, bem patente na formação da Lagoa das Sete Cidades e da Lagoa do Fogo, na Ilha de São Miguel, a própria Ilha do Pico, o Caldeirão na Ilha do Faial.
Com uma actividade sísmica permanente, os Açores têm sofrido algumas erupções ao longo dos séculos, com destaque para os anos de 1563, no Pico do Sapateiro, e 1620 no Vale das Furnas, na Ilha de São Miguel; 1672 o Capelo, na Ilha do Faial; 1720 na Ilha do Pico; 1808, a Nazelina, na Ilha de São Jorge e novamente no Faial com o Vulcão dos Capelinos em 1957, já para não falar nas erupções submarinas.
Mas as suas ilhas têm sido também palco de violentos terramotos. Em 1522 a Vila de Praia de Âncora, em São Miguel, foi destruída. No ano de 1841 foi arrasada a Vila da Praia na Ilha Terceira. Alguns anos mais tarde em 1852 foi a vez de Ponta Delgada. Já mais recentemente lembramos o terramoto, que em 1980 danificou grande parte da cidade de Angra do Heroísmo.
O que nos traz à conversa hoje, mais propriamente à escrita é o terramoto de 1841 que assolou de forma dramática a cidade de Vila da Praia, reduzindo a a um monte de ruínas, desalojando os seus habitantes, deixando os numa situação de extrema penuria e miséria.
O primeiro documento emitido pela Corte sobre o assunto, sai do Paço de Sintra, assinado pelo Barão de Tilheiras, com data de 5 de Julho e refere se lhe nos seguintes termos: por occazião das repetidas oscilações terrestes, que ali se sentiram desde o dia 12 de Junho próximo passado, a que se seguio o espantozo terremoto, que teve logar no dia 15 e que destruio e arruinou completamente a Villa da Praia, produzinddo ao mesmo tempo gravíssimos estragos na Villa de S. Sebastião, em todas as povoações que ficam a leite entre esta ultima Villa e as Lages; do que resultou ficarem os habitantes de todas essas povoações reduzidos á maior consternação e miséria, pelos inormes prejuízos que sofrerão com o total desbarato das suas propriedades, e perdas de todos os objectos de uso domestico.
D. Maria II decretou e Joaquim António de Aguiar, tomou medidas de auxílio que se obterão da generosidade, filantropia e gratidão do Povo Portuguez generosidade de que são credores os habitantes da mencionada Ilha pelos apurados sacrifícios e muitos valiosos serviços, que prestárão em prol da Liberdade e da Independencia Nacional.
Determina, em nome desse auxílio, que em cada capital de distrito administrativo se estabelecesse uma comissão de cinco membros nomeadas pelo Administrador Geral respectivo, de entre cidadãos de mais reconhecida probidade, zelo e filantropia, de onde sairia o presidente e o secretário. O objectivo era angariar fundos para ajudar os açorianos a reconstruir as suas casas, as suas vidas.
A esta onda de solidariedade e auxílio respondeu a cidade de Leiria. Em 12 de Julho, reuniram, no Paço Episcopal, os membros nomeados pelo Administrador Geral, José Crisóstomo Pereira Barbosa, Vigário Capitular e Governador Temporal da Diocese (eleito presidente), José de Faria Gomes e Oliveira, João Pessoa de Amorim, Luís Henriques d’Azevedo e António de Abreu Couceiro (eleito secretário). Estava assim constituída, a Comissão do Distrito de Leiria, que de imediato estabeleceu comissões filiais em todos os concelhos. Nas freguesias era aos párocos que cabia angariar fundos junto dos seus fregueses.
O reino atravessava um período difícil com o amargo sabor de uma guerra civil, que trouxe insegurança política, perseguições, surtos de movimentos de guerrilha, vandalismo, destruição, pobreza e desolação.
O aumento da décima e outros tributos, e também os invernos rigorosos e as consequentes más colheitas, provocaram nas populações, enormes dificuldades de subsistência evidenciando, por isso, a falta de condições para colaborar na acção desenvolvida. Azoia, Carvide, Cortes, Maceira, Monte Real, foram as freguesias de Leiria a manifestarem a sua total impossibilidade.
Outrossim de Monte Redondo informava o pároco, que os seus paroquianos não se sentiam devedores da ilha pela atitude tomada durante a guerra civil: vi má dispozicão nos ânimos dos póvos, que se achavam muito onerados com fintas, e tributos.
De Pedrógão Grande, apesar de todas as diligências da sua comissão filial, não conseguiram obter donativos, nem por altura da colheita da azeitona. Também Chão de Couce informou que os seus habitantes estavam condicionados aos rendimentos das colheitas dos seus frutos. Só um ano mais tarde conseguiu reunir alguns donativos.
Alcobaça, Alvaiázere, Batalha, Caldas, Óbidos, responderam de forma satisfatória. Produtos como milho, trigo, cevada, vinho, favas entre outros, eram donativos, que depois de vendidos, acresciam aos donativos em dinheiro.
Em 10 de Setembro já o presidente da Comissão de Leiria tinha em mãos 144$000 reis, disponíveis para serem entregues ao Administrador do Tabaco em Leiria, o meio de remessa utilizado, para o efeito, a pedido do Marquês do Faial, presidente da Comissão de Lisboa.
Todo este processo se prolongou por largos meses, com algumas insistências das Comissões. Várias quantias foram obtidas durante o ano de 1842 e uma última entrega em Maio de 1943, de São Martinho do Porto.
Não apurámos o montante dos donativos conseguidos no nosso distrito, nem esse era o nosso objectivo. Quisemos sublinhar tão só, que apesar de o oceano de permeio, a solidariedade, o espírito de entreajuda, a cooperação entre leirienses e açorianos, tem sido uma constante, como já ficou demonstrado por diversas vezes, na nossa História.
Fontes: Fundo do Governo Civil de Leiria, incorporado no Arquivo Distrital de Leiria
PT/ADLRA/AC/GCLRA/D/031
Ana Bela da Silva Vinagre

Manuel Bulcão apresenta livro na casa dos Açores do Norte

Manuela Bulcão, oriunda da cidade da Horta, ilha do Faial, a residir, actualmente no Porto, deu a conhecer, recente, o seu primeiro livro – “A Filha de Ninguém” – com o prefácio do leiriense Adélio Amaro, presidente da Associação de Investigação e Cultura dos Açores/Leiria.
A cerimónia decorreu no Salão Nobre da Casa dos Açores do Norte (Porto) e contou com a presença de imensos açorianos que encheram o referido Salão.
O livro de Manuela Bulcão, editado pela Folheto Edições, foi apresentado por José Rebelo, presidente da Assembleia da Casa dos Açores do Norte e contou ainda, na mesa de honra, com a presença de Ponciano Oliveira, presidente da Casa dos Açores do
Norte e também de Adélio Amaro.
José Rebelo salientou o facto deste livro retractar uma época pouco fácil pela qual a população passou, não só nos Açores, como em Portugal Continental. Sublinhou, ainda, o facto de uma açoriana, residente no Porto, nunca ter esquecido as suas raízes e ter vincado perante a sociedade a sua força de viver.
“A Filha de Ninguém” é um livro que retracta a história da vida de uma mulher oriunda de uma família humilde, que durante o seu crescimento como mulher foi sofrendo com as amarguras da vida.
Adélio Amaro, no prefácio, escreve que “A Filha de Ninguém” é a voz que nunca se calou e nunca tremeu. Lutou e conquistou um espaço, conquistou o direito de viver, o direito de amar e de ser amada. Amor que os seus rebentos lhe transmitem. Porque, por mais pequena que seja a Flor existirá, sempre, a Primavera escondida em qualquer sombra da esperança. Quem ler estas páginas terá de conquistar a certeza de que a filha de ninguém é real ou apenas ficção. A filha de ninguém poderá ter nascido embrulhada em dor mas, conseguiu demonstrar ao Mundo que é Mãe de alguém...”.
Manuela Bulcão, natural da Hor-
ta, como já foi referido, tirou o curso de Óptica e Contactologia, bem como diversas especializações dentro da mesma área, tendo exercido essa actividade até 2008.
Desde cedo demonstrou grande afectividade pela escrita, com destaque para a poesia.
Manuela Bulcão considera-se sonhadora incurável, dizendo que o céu é o seu limite. Também se considera romântica e uma eterna apaixonada pela vida e pelos que a rodeiam. Segundo palavras da autora “nasci para amar tendo como arma a minha escrita”.
“A Filha de Ninguém” é o primeiro livro de Manuela Bulcão e actualmente encontra-se a compilar um livro de poesia.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Associação Filarmónica Bidoeirense no Faial

A Associação Filarmónica Bidoeirense – AFILBI realizou uma viagem à cidade da Horta, Ilha do Faial, nos Açores, onde participou como convidada, no aniversário da Sociedade Filarmónica Unânime Praiense.
Segundo Goreti Moreira, presidente da AFILBI, "a nossa passagem pelos Açores foi muito enriquecedora para todos. Fomos muito bem recebidos pelos elementos da Sociedade Filarmónica Praiense, muito acolhedores e sempre à nossa disposição para tudo. Levaram-nos a conhecer a Ilha, sentimo-nos em casa".
A presidente da AFILBI considera que o concerto "foi espectacular". Conta que "fizemos a nossa actuação por volta da meia-noite. Fomos a última de quatro bandas convidadas. Os músicos estavam muito cansados, mas tiveram uma prestação incrível. O concerto correu às mil maravilhas e foi emocionante para os músicos e para nós, direcção, que estávamos a viver aquelas emoções todas. A sala estava cheia e no final do nosso fabuloso concerto fomos aplaudidos intensamente".
A responsável, destaca ainda que esta viagem "serviu para selar a união do grupo e para carregar baterias para novos projectos que temos em mente. Portanto o balanço em geral foi muito positivo".
Nuno Jesus