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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Adélio Amaro entrega a Pedro Pauleta o Diploma da AICAL

O Açoriano Pedro Miguel Carreiro Resendes, "Pauleta", melhor marcador de sempre da Selecção Portuguesa e melhor marcador da história do Paris St. German (França), recebeu das mãos do leiriense Adélio Amaro, presidente da Associação de Investigação e Cultura dos Açores/Leiria (AICAL), o Diploma de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados ao engrandecimento dos Açores.
A entrega do referido Diploma decorreu nas instalações da Fundação Pauleta onde também funciona o Complexo Desportivo e Escola de Futebol Pedro Pauleta, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Açores.
Pedro Pauleta, honrado com a entrega do Diploma, reconheceu a importância desta Associação na ajuda que tem prestado ao desenvolvimento Cultural entre Açores e Leiria.
O ex-jogador lembrou ainda, alguns episódios da sua carreira e a forma como tem sido acarinhado por imensas pessoas e instituições, tanto em Portugal como na França, sem esquecer os Açores.
Embora a trabalhar com o Paris St. German, Pedro Pauleta mantém a ligação à terra que o viu nascer, através da sua residência e também do Complexo Desportivo com capacidade para dar formação a 200 crianças.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Concurso premeia presépios na Lagoa

Já se conhecem os vencedores do Concurso de Presépios, promovido pela Câmara Municipal de Lagoa pela 20ª Edição e que decorreu no passado mês de Dezembro.
No total, concorreram 40 presépios, distribuídos por quatro diferentes categorias, numa iniciativa que pretendeu afirmar a forte tradição dos presépios na Lagoa, valorizando, deste modo, o trabalho feito por artesãos lagoenses, particulares, alunos das escolas do Concelho, crianças que frequentam a catequese e os Ateliers de Tempos Livres da Lagoa, bem como por utentes e funcionários de algumas instituições sociais e culturais da Lagoa.
Assim sendo, na 1.ª Categoria, que engloba presépios elaborados por Jardins-de-infância, ATL’s e Classes de Catequese, classificaram-se na vertente de presépio tradicional a Escola EB/JI dos Remédios em 1º lugar, ficando a Escola EB/JI Prof. Octávio Gomes Filipe e o Lar Feminino do Centro Social de N. Sra. do Rosário em 2.º e 3.º, respectivamente. No que se refere ao presépio original desta categoria, a Escola Padre João José do Amaral foi a grande vencedora, com o Grupo dos Escuteiros nº96 do Rosário a classificar-se em segundo lugar, e em terceiro a Ludoteca Jovem + do Centro Social e Cultural do Cabouco.
Relativamente à 2.ª Categoria - Presépio Tradicional, o vencedor foi Emanuel Oliveira Maré, enquanto José Duarte Costa Morais ficou na segunda posição, e no 3º Lugar Luis Arruda.
Já no que diz respeito à 3ª Categoria - Presépio Original, Isabel Calisto foi a grande vencedora, enquanto que o Centro de Convívio do Centro Social e Cultural do Cabouco e Andreia Almeida ficaram na 2.ª e 3.ª posição, respectivamente.
Na 4.ª Categoria, respeitante ao Presépio Movimentado o primeiro prémio foi para Norberto Gaspar.
Realça-se que, o 20.º Concurso de Presépios contou com a participação de diversas escolas e entidades como a Escola EB/JI dos Remédios, o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Santo António de Lagoa, o ATL da Santa Casa da Misericórdia de Santo António, o Lar Feminino do Centro Social de Nossa Senhora do Rosário, a Escola EB/JI Marquês de Jácome Correia, o Centro Sócio-Cultural de São Pedro, a Escola EB/JI Prof. Octávio Gomes Filipe, a Escola EB/JI Tavares Canário, a Escola Secundária de Lagoa, o ATL do CEFAL, o CATL – Lagoa, a Escola Padre João José do Amaral, o grupo de Escuteiros nº 98 – Rosário, o Centro Social e Cultural do Cabouco, o Centro Social e Cultural da Atalhada, a Creche e Jardim de Infância “O Ninho”, o CDIJ Trevo da Casa do Povo de Água de Pau, o Grupo de Reflexão de Jovens e o Grupo de Catequese da Ribeira Chã e a Escola EB/JI Prof. João Ferreira da Silva, em Água de Pau.
Este concurso de presépios contou ainda com a participação de diversos particulares, que não quiseram deixar de partilhar com a comunidade o seu gosto por esta tradição, como Luís Arruda, Norberto Gaspar, Érico Almeida, Andrea Almeida, Emanuel Maré, José Duarte da Costa Morais, Gervásio Pacheco, Isabel Calisto, Jorge Manuel Andrade e Mário Pereira.
CM Lagoa

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quem foi o artista?

Diz-me, ó abençoada
Ilha de S. Miguel
Quem foi o pintor,
Com seu pincel
E muito amor,
Coloriu
Tão belas paisagens?
Variegados tons
De salsas águas
Que te rodeiam
E belas
E Verdejantes
Tonalidades
Diferentes
Enchendo de magia
A alma das gentes
Visitantes!

Abençoado pintor,
Abençoado pincel!
Ó amada Ilha
Dos Açores
Ó bela S. Miguel!
De tanta majestade
Para ti, um abraço
Fraterno
E muito terno
Cheio de saudade.
J. Soares Duarte

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Imagem do Dia: Sete Cidades, Ponta Delgada, São Miguel, Açores

O terramoto de 1841 nos Açores

Nascidas no meio do imenso Atlântico, as ilhas Açorianas não negam a sua origem vulcânica, bem patente na formação da Lagoa das Sete Cidades e da Lagoa do Fogo, na Ilha de São Miguel, a própria Ilha do Pico, o Caldeirão na Ilha do Faial.
Com uma actividade sísmica permanente, os Açores têm sofrido algumas erupções ao longo dos séculos, com destaque para os anos de 1563, no Pico do Sapateiro, e 1620 no Vale das Furnas, na Ilha de São Miguel; 1672 o Capelo, na Ilha do Faial; 1720 na Ilha do Pico; 1808, a Nazelina, na Ilha de São Jorge e novamente no Faial com o Vulcão dos Capelinos em 1957, já para não falar nas erupções submarinas.
Mas as suas ilhas têm sido também palco de violentos terramotos. Em 1522 a Vila de Praia de Âncora, em São Miguel, foi destruída. No ano de 1841 foi arrasada a Vila da Praia na Ilha Terceira. Alguns anos mais tarde em 1852 foi a vez de Ponta Delgada. Já mais recentemente lembramos o terramoto, que em 1980 danificou grande parte da cidade de Angra do Heroísmo.
O que nos traz à conversa hoje, mais propriamente à escrita é o terramoto de 1841 que assolou de forma dramática a cidade de Vila da Praia, reduzindo a a um monte de ruínas, desalojando os seus habitantes, deixando os numa situação de extrema penuria e miséria.
O primeiro documento emitido pela Corte sobre o assunto, sai do Paço de Sintra, assinado pelo Barão de Tilheiras, com data de 5 de Julho e refere se lhe nos seguintes termos: por occazião das repetidas oscilações terrestes, que ali se sentiram desde o dia 12 de Junho próximo passado, a que se seguio o espantozo terremoto, que teve logar no dia 15 e que destruio e arruinou completamente a Villa da Praia, produzinddo ao mesmo tempo gravíssimos estragos na Villa de S. Sebastião, em todas as povoações que ficam a leite entre esta ultima Villa e as Lages; do que resultou ficarem os habitantes de todas essas povoações reduzidos á maior consternação e miséria, pelos inormes prejuízos que sofrerão com o total desbarato das suas propriedades, e perdas de todos os objectos de uso domestico.
D. Maria II decretou e Joaquim António de Aguiar, tomou medidas de auxílio que se obterão da generosidade, filantropia e gratidão do Povo Portuguez generosidade de que são credores os habitantes da mencionada Ilha pelos apurados sacrifícios e muitos valiosos serviços, que prestárão em prol da Liberdade e da Independencia Nacional.
Determina, em nome desse auxílio, que em cada capital de distrito administrativo se estabelecesse uma comissão de cinco membros nomeadas pelo Administrador Geral respectivo, de entre cidadãos de mais reconhecida probidade, zelo e filantropia, de onde sairia o presidente e o secretário. O objectivo era angariar fundos para ajudar os açorianos a reconstruir as suas casas, as suas vidas.
A esta onda de solidariedade e auxílio respondeu a cidade de Leiria. Em 12 de Julho, reuniram, no Paço Episcopal, os membros nomeados pelo Administrador Geral, José Crisóstomo Pereira Barbosa, Vigário Capitular e Governador Temporal da Diocese (eleito presidente), José de Faria Gomes e Oliveira, João Pessoa de Amorim, Luís Henriques d’Azevedo e António de Abreu Couceiro (eleito secretário). Estava assim constituída, a Comissão do Distrito de Leiria, que de imediato estabeleceu comissões filiais em todos os concelhos. Nas freguesias era aos párocos que cabia angariar fundos junto dos seus fregueses.
O reino atravessava um período difícil com o amargo sabor de uma guerra civil, que trouxe insegurança política, perseguições, surtos de movimentos de guerrilha, vandalismo, destruição, pobreza e desolação.
O aumento da décima e outros tributos, e também os invernos rigorosos e as consequentes más colheitas, provocaram nas populações, enormes dificuldades de subsistência evidenciando, por isso, a falta de condições para colaborar na acção desenvolvida. Azoia, Carvide, Cortes, Maceira, Monte Real, foram as freguesias de Leiria a manifestarem a sua total impossibilidade.
Outrossim de Monte Redondo informava o pároco, que os seus paroquianos não se sentiam devedores da ilha pela atitude tomada durante a guerra civil: vi má dispozicão nos ânimos dos póvos, que se achavam muito onerados com fintas, e tributos.
De Pedrógão Grande, apesar de todas as diligências da sua comissão filial, não conseguiram obter donativos, nem por altura da colheita da azeitona. Também Chão de Couce informou que os seus habitantes estavam condicionados aos rendimentos das colheitas dos seus frutos. Só um ano mais tarde conseguiu reunir alguns donativos.
Alcobaça, Alvaiázere, Batalha, Caldas, Óbidos, responderam de forma satisfatória. Produtos como milho, trigo, cevada, vinho, favas entre outros, eram donativos, que depois de vendidos, acresciam aos donativos em dinheiro.
Em 10 de Setembro já o presidente da Comissão de Leiria tinha em mãos 144$000 reis, disponíveis para serem entregues ao Administrador do Tabaco em Leiria, o meio de remessa utilizado, para o efeito, a pedido do Marquês do Faial, presidente da Comissão de Lisboa.
Todo este processo se prolongou por largos meses, com algumas insistências das Comissões. Várias quantias foram obtidas durante o ano de 1842 e uma última entrega em Maio de 1943, de São Martinho do Porto.
Não apurámos o montante dos donativos conseguidos no nosso distrito, nem esse era o nosso objectivo. Quisemos sublinhar tão só, que apesar de o oceano de permeio, a solidariedade, o espírito de entreajuda, a cooperação entre leirienses e açorianos, tem sido uma constante, como já ficou demonstrado por diversas vezes, na nossa História.
Fontes: Fundo do Governo Civil de Leiria, incorporado no Arquivo Distrital de Leiria
PT/ADLRA/AC/GCLRA/D/031
Ana Bela da Silva Vinagre

Ernesto do Canto em caderno

A Associação de Investigação e Cultura dos Açores/Leiria (AICAL) apresenta o terceiro caderno sobre figuras e lugares dos Açores e do distrito de Leiria, dos 14 já editados.
O número três desta colecção é sobre o açoriano Ernesto do Canto que, em pleno século XIX, conseguiu reunir a maior biblioteca sobre as ilhas açorianas.
Ernesto do Canto foi ainda o fundador do “Archivo dos Açores”, com 12 volumes editados, sendo a maioria da sua responsabilidade. Este ilustre açoriano conviveu com os grandes pensadores portugueses do século XIX.

Rua Leonel da Rosa da Silveira, Lagoa

A Câmara Municipal de Lagoa homenageou Leonel da Rosa da Silveira, antigo autarca lagoense, com a atribuição da toponímia "Rua Prof. Leonel da Rosa da Silveira" à antiga Travessa do Espírito Santo, na freguesia de Nossa Senhora do Rosário.
Numa cerimónia integrada nas celebrações dos 488 anos de elevação da Lagoa a Vila e Sede do Concelho, a atribuição desta toponímia pretendeu ser uma homenagem a Leonel da Rosa da Silveira, individualidade do Concelho de Lagoa de reconhecido mérito, quer a nível profissional, político e social e que residiu nesta mesma rua durante duas décadas.
Segundo João Ponte, Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Leonel da Rosa da Silveira sempre foi um modelo de dedicação à vida pública e à sua comunidade, de reconhecido mérito, que se distinguiu a vários níveis.
Para o autarca lagoense, Leonel da Rosa da Silveira caracteriza-se como sendo uma pessoa dinâmica cujos projectos em que participou ao longo de toda a sua vida, quer política, quer social, "deixaram uma marca clara da sua visão estratégica para a Lagoa e que demonstraram a sua enorme vontade de trabalho pelo bem-estar da população lagoense".
O edil lagoense manifestou ainda o seu agradecimento pela forma altruísta com que Leonel da Rosa da Silveira contribuiu para a afirmação do Poder Local. "Quem serve os cargos públicos deve ter o sentido do dever e dos valores de justiça, liberdade, fraternidade e solidariedade, mas deve igualmente ser reconhecido pelo contributo que deu na formação de uma Lagoa mais próspera e mais desenvolvida".
João Ponte disse ainda que são cidadãos como Leonel da Rosa da Silveira que demonstram que o rico património lagoense e o crescimento do Concelho de Lagoa se deu não só pelo surgimento de novas infra-estruturas, ou de equipamentos, mas também pelo contributo de pessoas que são parte integrante do património humano lagoense.
"A dignidade que hoje damos a esta nova via, atribuindo-lhe o nome deste grande lagoense, é assim um acto de inteira justiça que muito honra o Município de Lagoa", concluiu.
Leonel da Rosa da Silveira nasceu a 3 de Janeiro de 1944. Professor do ensino básico de profissão, foi durante mais de 20 anos Delegado Escolar do Concelho. Foi Presidente da Câmara Municipal de Lagoa de 24/09/1977 até 31/12/1979, tendo também sido membro das Assembleias Municipais de Lagoa de 1983-1985; 1994-1997; 1998-2001; 2002-2005; 2006-2009, cargo que ocupa actualmente na Assembleia Municipal para o mandato de 2009-2013. Foi um dos Irmãos fundadores da Santa Casa da Misericórdia de Santo António de Lagoa - Açores, pertencendo actualmente à Mesa Administrativa daquela Irmandade.
Enquanto Presidente da Câmara Municipal de Lagoa é a ele que se fica a dever a criação da Freguesia do Cabouco, a aquisição do terreno destinado à construção da actual Escola Básica 2,3 Padre João José do Amaral, cujos trabalhos tiveram inicio no seu mandato, a elaboração do projecto de abastecimento de água ao Cabouco, Remédios e Ribeira Chã, a construção do edifício P3 da Escola João Ferreira da Silva, em Água de Pau, o início do saneamento básico da Vila de Lagoa, a aquisição do terreno onde se localiza actualmente a Esquadra da PSP, o alargamento da Rua do Espírito Santo, na freguesia do Rosário, o Loteamento da Av. António Medeiros e Almeida, na freguesia do Rosário, entre muitas outras obras e projectos de grande interesse para o Município.
Leonel da Rosa da Silveira é também o autarca que determinou o dia 11 de Abril, como dia do Feriado Municipal e foi com ele que tiveram lugar as primeiras comemorações dessa data. Também foi o autarca responsável pela geminação entre a Lagoa e Fall River, nos Estados Unidos da América.
Foi membro da Comissão Instaladora
da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, passando mais tarde a integrar a comissão restrita e actualmente pertence à Comissão alargada dessa mesma entidade.
Também é membro da Liga dos Combatentes a nível nacional e é a Leonel da Rosa da Silveira que se fica a dever a atribuição da toponímia "Rua dos Combatentes" à rua onde fica a Campo Municipal João Gualberto Arruda.
Recorde-se que para além da atribuição desta nova toponímia, a Câmara Municipal de Lagoa irá ainda atribuir uma Medalha de Mérito Municipal Cívico a Leonel da Rosa da Silveira em reconhecimento pelo seu trabalho em prol do desenvolvimento do Concelho, numa cerimónia que irá decorrer amanhã, dia 11 de Abril, no Cine-Teatro Lagoense Francisco D'Amaral Almeida, a partir das 20h30, integrado na Sessão Solene alusiva ao 488º aniversário de elevação a Vila e Sede do Concelho, onde serão ainda homenageados com esta medalha Silvério Damião Raposo Leite, Carlos Manuel de Sousa Melo, Eduardo da Ponte Bento Sousa, Jorge Alberto Carvalho França e Manuel Sousa Matos, enquanto Victor Hugo Lecoq de Lacerda Forjaz e António Manuel Frias Martins irão receber a Medalha de Mérito Científico, Maria de Deus de Medeiros Frazão receberá a Medalha de Mérito Social e Alfredo Furtado receberá a Medalha de Mérito Empresarial.
Após a cerimónia de homenagens, actuará o grupo musical "4 Oitavas", acompanhadas no piano por Teresa Gentil e no violino por Lídia Medeiros e que encerrarão esta Sessão Solene.
Município de Lagoa

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Alunos de Leiria nas ilhas de São Miguel e Santa Maria

A escola EBI de Colmeias participou, pela segunda vez, numa Expedição Cientifica Internacional organizada pelo Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, desta vez à ilha de Santa Maria, do arquipélago dos Açores, e em trabalhos laboratoriais no mesmo Departamento do ensino superior desta Universidade, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Sete alunos do oitavo ano de escolaridade foram acompanhados pela docente de Francês Graça Morgado – coordenadora das Secções Europeias Francófonas nesta escola – e pela docente de Ciências Naturais M. Fátima Lopes – coordenadora da primeira e da segunda edição do Projecto Multidisciplinar no Ensino das Ciências Naturais em Contexto Não Formal, ambos nos Açores.
Partiram para a ilha de Santa Maria, onde durante cinco noites/dias ficaram instalados em tendas de campismo cedidas pela Protecção Civil, no parque de campismo da Praia Formosa. Nos dias em que estiveram em Santa Maria, participaram em diversas actividades de carácter científico, onde aprenderam diferentes metodologias do trabalho de campo e de laboratório em campo em áreas da Biologia, mas também da Geologia, assim como a necessidade da preservação das áreas naturais, tanto por motivos científicos, como pedagógicos. Assistiram a dez conferências científicas dadas pelos cientistas presentes na XIV Expedição Científica do Departamento de Biologia, com os quais trabalhavam durante o dia, e onde eram apresentados os trabalhos de investigação que estes estavam a desenvolver e, ainda, apresentaram a comunicação elaborada pelos próprios sobre o trabalho desenvolvido durante esta Expedição.
A multidisciplinaridade prevista pelo projecto concretizou-se na oportunidade de trabalhar em diferentes áreas do saber científico, mas também pela oportunidade que houve em contactar/ falar/ escutar conferências/ com cientistas em inglês e na língua francesa, sobretudo sob a supervisão da docente de Francês acompanhante do grupo.
Depois, partiram para a ilha de São Miguel, onde ficaram instalados numa camarata do quartel dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, gentilmente cedida pelos mesmos. Nesta ilha visitaram as instalações do pólo universitário de Ponta Delgada, onde no Departamento de Biologia participaram em práticas laboratoriais sofisticadas, como a extracção de ADN, como o isolamento de bactérias, a observação de ultra-estruturas celulares ao microscópio electrónico, sob orientação de docentes universitários, assistiram às provas públicas de defesa da tese de Mestrado de um investigador-bolseiro do Departamento. Visitaram o Centro de Vulcanologia e Sismologia da Universidade e ainda tiveram a oportunidade de visitar paisagens naturais da ilha, com interesse geológico, como crateras e caldeiras vulcânicas, manifestações de vulcanismo secundário, a estação geotérmica que produz a electricidade para as ilhas, tendo oportunidade de também consolidar assim muitos dos conteúdos já abordados na disciplina de Ciências Naturais do 7.º ano de escolaridade, para além de todos os outros que fazem parte do currículo do 8.º ano do ensino básico.
Alguns dias mais tarde, sete alunos do oitavo ano de escolaridade acompanhados por duas docentes da Escola Básica Integrada de Colmeias concluíram a segunda edição do Projecto Multidisciplinar no Ensino das Ciências Naturais em Contexto Não Formal, no arquipélago dos Açores, mais ricos cientifica, social e humanamente. Por intermédio deste projecto didáctico-pedagógico inovador no ensino-aprendizagem das ciências naturais, e também da língua estrangeira, ilustraram-se e consolidaram-se conteúdos de uma forma absolutamente lúdica, motivante e envolvente. Foram explorados horizontes, foram vocações despertadas, foram desenhados e coloridos momentos que nunca mais serão esquecidos. O ensino-aprendizagem ficou mais rico. Os que participaram também.
Os nossos agradecimentos ao Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, na pessoa do seu Director, o Professor Doutor João Tavares; ao Meritíssimo Reitor desta Universidade; a todos os docentes-investigadores com quem tivemos a oportunidade de aprender; aos motoristas da Universidade que nos transportaram quando dos trabalhos científicos e nos mostraram os lugares mais belos e turísticos das ilhas visitadas; à Associação de Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, na pessoa do Professor Doutor Vasco Garcia (Reitor aposentado da Universidade dos Açores), por todo o acolhimento que nos dispensaram.
Também agradecemos aos nossos patrocinadores a Caixa de Crédito Agrícola de Colmeias; a Farmácia de Colmeias; a Farmácia da Memória; a empresa de transportes Transmemória; o Café e restaurante Tipcool, em Colmeias; a Auto-Garagem de Coimbra (concessionário Ford em Coimbra); ao Exploratório Infante D.Henrique – Centro de Ciência Viva de Coimbra, que permitiram que o projecto pudesse ser concretizado com menos custos para os pais dos alunos e para as duas docentes nele envolvidos.
Agradecemos ainda ao Laboratório de Ciências Experimentais da Escola BI de Colmeias nas pessoas dos docentes dos subdepartamentos de Ciências Físico-Naturais, que colaboraram na dinamização de actividades que permitiram angariar algum dinheiro para subsidiar este projecto do Plano Anual de Actividades; a todos os docentes, funcionários administrativos, funcionários auxiliares de acção educativa, ao Conselho Pedagógico, ao Conselho Executivo, por toda a colaboração prestada nas mais diversas solicitações.
Por último agradecemos aos encarregados de educação que acreditaram e apoiaram das formas mais diversas esta iniciativa desde o primeiro momento em que dela lhes foi dado conhecimento.
Fizeram parte deste projecto os alunos e as docentes: Ana Carina Abreu; Beatriz Rodrigues; Bruno Góis; Inês Henriques; João Saraiva; Maria Alexandra Nogueira; Sara Sousa; Graça Morgado e Maria de Fátima Lopes.
Maria de Fátima Rosa Lopes
Docente de Ciências Naturais e Coordenadora do Projecto

Roberto Ivens para além dos Açores - II

(Cont.) Breakspeare Ivens, com a nova gravidez de Margarida Júlia, sente a obrigação de arranjar um novo lar para, agora, acolher as duas crianças, assim, como a tia Ana Matilde e uma empregada, na Rua Nova do Passal, em Ponta Delgada.
Mesmo antes do nascimento do segundo filho, Duarte Ivens, o inglês Breakspeare Ivens reconhece a paternidade do Roberto que aos três anos de idade perde a mãe vítima de tuberculose.
O jovem Roberto Ivens, usufruindo do estatuto social da família Ivens, permanece em Ponta Delgada e frequenta a Escola Primária do Convento da Graça, onde em pouco tempo, recebe a alcunha de “Roberto do Diabo” devido a um conjunto de traquinices onde habitualmente se envolvia.
Em Agosto de 1858 Roberto Ivens e o seu irmão Duarte são levados pelo pai, que havia casado, para Faro, no Algarve.
Três anos mais tarde, Roberto Ivens é inscrito na Escola de Marinha, em Lisboa, onde concluiu os estudos que o capultaram para uma carreira de sucesso como Oficial de Marinha.
Como estudante, embora aplicado e com uma inteligência fora do comum, nunca perdeu a sua face de jovem divertido, aproveitando os seus dotes musicais para animar os seus colegas ao som de uma guitarra.
Com apenas 20 anos Roberto Ivens terminou o curso de Marinha em 1870, com as mais elevadas classificações tendo ainda, frequentado em 1871, a Escola Prática de Artilharia Naval, partindo em Setembro desse mesmo ano para a Índia, pelo Canal do Suez, integrando a guarnição da Corveta Estefânia, onde é feito Guarda-Marinha.
No ano seguinte, contacta regularmente com Angola.
A 10 de Outubro de 1874 completa os três anos de embarque nas colónias, regressando a Portugal.
No mês de Janeiro, de 1875, faz exame para Segundo-tenente fora da barra de Lisboa e, em Abril do mesmo ano, segue na corveta Duque da Terceira para São Tomé e Príncipe e, posteriormente, para os portos da América da Sul. De regresso, em Abril de 1876 parte, no mesmo mês, no Índia para Filadélfia, com produtos portugueses para a Exposição Universal daquela cidade. De volta a Lisboa, Roberto Ivens tem conhecimento do plano governamental de exploração científica no interior de África com o objectivo de explorar os territórios entre as províncias de Angola e Moçambique, de forma a tornar real um reconhecimento geográfico das bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze.
Sonhando com a oportunidade de levar a efeito o desejo de descobrir e estudar o Continente Africano, Ivens não perde a oportunidade e oferece os seus préstimos para fazer parte dessa exploração.
Todavia, Roberto Ivens sabia da demora que poderia levar até conseguir uma resposta positiva. Assim, numa forma de antecipação, pediu para servir na Estação Naval de Angola.
Desta forma, de regresso a Angola, Ivens aproveitou para fazer vários reconhecimentos, principalmente no rio Zaire, levantando uma planta do rio entre Borud e Nóqui.
Finalmente, em 1877, por Decreto de 11 de Maio, Roberto Ivens é nomeado para dirigir a expedição aos territórios compreendidos entre as províncias de Angola e Moçambique e estudar as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Na mesma data foi promovido a Primeiro-tenente.
Nos três anos seguintes, Roberto Ivens fez parte da exploração científica de Benguela às Terras de Iaca na companhia de Hermenegildo Capello e também de Serpa Pinto.
A grande aventura de Benguela às Terras de Iaca, foi dirigida por Capello, grande conhecedor científico do território angolano, tendo o Major do Exército Serpa Pinto e o Oficial de Marinha Roberto Ivens como companheiros. (cont.).
Fotografia da Igreja da Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, onde Roberto Ivens foi baptizado.
Adélio Amaro

Apresentação do Brasão da Algarvia

A freguesia de Algarvia, concelho de Nordeste, ilha de São Miguel, apresentou os seus Símbolos Heráldicos.
Adélio Amaro, presidente da AICAL, marcou presença naquelas cerimónias, inseridas ainda nas festas religiosas da freguesia que se realizam na última semana de Julho de cada ano, visto ser o autor do referido Brasão.
Perante centenas de pessoas, Adélio Amaro, orador convidado, na sua intervenção, deu a conhecer um pouco da história da freguesia de onde o seu pai é natural.
Todavia, é de realçar a elevante mesa que presidiu esta cerimónia: D. David Dias Pimentel, Bispo natural de Algarvia a desempenhar a sua missão em São Paulo (Brasil), José Carlos Carreiro, presidente da Câmara Municipal de Nordeste, João de Deus Andrade de Sousa, presidente da Assembleia Municipal de Nordeste, Herculano Cabral Dutra, presidente da Junta de Freguesia de Algarvia e ainda a presença do presidente da Assembleia de Freguesia.
No uso da palavra Herculano Dutra, presidente da Junta, fez questão de anunciar a opinião tomada pela freguesia, em reunião de assembleia, ao nomear Adélio Amaro “Filho da Freguesia”.
Antecedendo a cerimónia, foi hasteada a Bandeira da Freguesia e inaugurada a Casa da Cultura de Algarvia, onde, além de diversas actividades que ali irão decorrer, servirá como nova sede da Junta de Freguesia.

Jessica Amaro em Vila Franca do Campo

A luso-canadiana Jessica Amaro e Jorge Ferreira foram dois dos artistas convidados para a Festa do Emigrante de Vila Franca do Campo 2009.
Jessica e Jorge Ferreira encontraram-se no mesmo dia, nestas grandes festas e chegaram a estar presentes em palco em simultâneo.
Jessica Amaro, que recentemente esteve em Leiria, é filha de pais açorianos, reside actualmente em Ontário, Canadá. Jessica trabalhou com o famoso professor Ian Garrett (o mesmo da Shania Twain, N'Sync, Joeé, entre outros artistas).
Jessica deu aulas de dança, no "Danceline Studios". Ao mesmo tempo especializou-se em dança Latina. É professora de piano e de canto no Conservatório de Música de Ontário.
Em Dezembro de 2000, Jessica dá um passo em frente e lança o seu primeiro trabalho discográfico, bastante solicitado pelas rádios da província de Ontário e pelo seu público. Por ter feito sucesso junto da comunidade Portuguesa radicada no Canadá, conseguiu também interessar às comunidades lusas dos Estados Unidos.
O Português, o Inglês e o Espanhol são línguas que domina muitíssimo bem. Cantar para destacar o seu povo é o que mais gosta. As suas coreografias, cheias de alegria e cor, misturadas com a luz própria da sua juventude cativam todos os que a ouvem cantar.
Para a Jessica, cantar é uma paixão e vai concretizando o seu maior sonho. Entretanto, conjuga esforços para que a sua formação académica não seja prejudicada. Terminou com bons valores o curso superior de música. Continua os seus estudos na área da Criminologia.
Em Novembro de 2001 Gravou o seu segundo CD, "Ser Portuguesa". Destaque-se ainda o êxito deste disco. É vendido em várias partes do mundo, nomeadamente na Califórnia. Esta canção esteve no n.º 1, no top 10, por seis meses, e ainda se mantém. Ganhou vários prémios em diferente Festivais.
Para além de ter actuado nos Açores esteve também nas Bermudas, Estados Unidos, México e Cuba, sem esquecer o Canadá.
Com a sua jovem idade por mais do que uma vez já cantou e encantou milhares de pessoas no grandioso espectáculo - "Canada's Wonderland".
Jessica Amaro gravou um dos seus últimos trabalhos cuidadosamente. O melhor da Jessica é agora dedicado à memória da sua avó, "Sempre no Coração" – CD especial, lançado no dia 18 de Abril de 2004.
Jessica escolheu um dos temas deste trabalho discográfico para realizar um vídeo, profissional, no qual se apresenta em três línguas: português, inglês e espanhol. O resultado final deste vídeo veio ao mundo da arte e da canção na primavera de 2004.
Jessica gravou um CD em Inglês “Attitude” com vários produtores e novo empresário. A maioria das letras e das músicas são da sua autoria. Um trabalho de excelente qualidade que ganhou prémios como o "Pop Album of the Year" em "Los Angeles Music Awards".
Presentemente está em estúdio a gravar o seu próximo trabalho em Português, Inglês e em Espanhol. Tem, ainda, vários contratos assinados para outras actuações: Ontário, Vancouver, Montreal, E.U.A. etc..

Município de Nordeste

Também o Município de Nordeste, um dos seis concelhos da ilha de São Miguel, através do seu Presidente, José Carlos Carreiro, recebeu o referido Diploma, pelo trabalho desenvolvido no concelho, não esquecendo, por exemplo, que o Nordeste é considerado um dos concelhos mais floridos da Europa. O Presidente honrou a AICAL ao receber esta Associação no seu gabinete e presentiar a mesma com a Bandeira do Município de Nordeste.

Freguesia de Algarvia

Fundada em 2002, Algarvia é uma das freguesias mais jovens de Portugal, sendo uma das nove freguesias do concelho de Nordeste.
A AICAL entendeu entregar o Diploma de Mérito a esta jovem freguesia, pelo trabalho que a população e o executivo da mesma têm desenvolvido naquela aldeia. Uma terra que, não perdendo as suas características, tem mantido tradições e desenvolvido infra-estruturas.
De referir, como exemplo, que o executivo desta freguesia, presidido por Herculano Dutra, mandou construir o brilhante miradouro Vigia das Baleias, com um oratório em honra de Nossa Senhora de Fátima.

Filarmónica Estrela do Oriente

Inserida na apresentação do Brasão de Algarvia, Nordeste, São Miguel, Açores, a AICAL teve o maior prazer em entregar o Diploma de Mérito à Filarmónica Estrela do Oriente, da freguesia de Algarvia, activa desde o século XIX, fundada em 1878. O referido Diploma foi entregue ao presidente da Filarmónica Estrela do Oriente.

D. David Dias Pimentel

Entregar o Diploma de Mérito a D. David Dias Pimentel foi, sem dúvida, uma grande honra para a AICAL.
A cerimónia teve lugar na sessão de apresentação do Brasão de Algarvia, freguesia de Nordeste, ilha de São Miguel, de onde D. David é natural. Na referida cerimónia estiveram presentes as principais individualidades locais.
D. David Dias Pimentel é Bispo de São João da Boa Vista, no Estado de São Paulo, Brasil.

Açoriano Oriental

Falar do jornal diário Açoriano Oriental é simplesmente referir que é o mais antigo de Portugal, fundado a 18 de Abril de 1835 por Manuel António de Vasconcelos.
O Presidente da AICAL teve a honra de ser recebido na redação deste periódico pelo Director Paulo Simões e pela Administração.
Em plena redacção foi entregue, ao Director do Açoriano Oriental, pela AICAL, o Diploma de Honra ao Mérito, pela forma como tem divulgado e promovido o Arquipélago dos Açores, sendo a mais antiga voz activa do jornalismo português.
Adélio Amaro, presidente da AICAL, neste dia, foi entrevistado por Paulo Simões, tanto para o jornal Açoriano Oriental como para a TSF Açores, que tem um estúdio na redacção daquele Diário.

Sidónio Bettencourt

O melhor local para entregar um Diploma a uma personalidade que muito tem dado à cultura açoriana através dos microfones, é um estúdio de rádio. Foi isso que aconteceu com Sidónio Bettencourt que recebeu do presidente da AICAL o Diploma de Honra ao Mérito nos estúdios da Antena 1 Açores, em Ponta Delgada, onde o presidente da Associação foi entrevistado pelo próprio Sidónio.
Sidónio Bettencourt, escritor, poeta e jornalista é o autor e coordenador do programa “Inter-Ilhas”, naquela rádio, onde promove o Arquipélago dos Açores, as suas gentes e cultura, como o próprio refere: “Uma viagem pelo arquipélago de Vitorino Nemésio e Natália Correia, com paragem em vários portos onde o povo diz de sua justiça no que toca às câmaras municipais e juntas de freguesia, instituições humanitárias e sociais e escolas de música, entre muitas outras entidades. O pulsar do arquipélago, as iniciativas e eventos das suas forças vivas”.

Amigos dos Açores

A Associação de Investigação e Cultura dos Açores/Leiria foi recebida na sede da Amigos dos Açores Associação Ecológica, onde reuniu com a direcção da mesma, destacando-se a troca de informações e projectos entre ambas as instituições.
Aproveitando esta recepção, a AICAL entregou o Diploma de Honra ao Mérito à Associação Amigos dos Açores pelo excelente trabalho que esta tem desenvolvido nos Açores durante os mais de 25 anos de existência.
Em próximas edições iremos destacar algumas das iniciativas promovidas por esta Associação com sede no Pico da Pedra, concelho da Ribeira Grande, ilha de São Miguel.

Imagem do dia - Algarvia, Nordeste, S. Miguel

Roberto Ivens para além dos Açores - I

Corria o ano de 1850 quando, em Portugal, é promulgada a legislação contra a liberdade de imprensa, conhecida pela "Lei das Rolhas".
No auge do século XIX, nesse mesmo ano, a 12 de Junho, nasce no número 24 da Rua de Ana Godinha, actual Rua do Meio, da freguesia urbana de São Pedro, concelho de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel no Arquipélago dos Açores, Roberto Ivens.
Este grande Açoriano nasce no mesmo ano em que é fundada a cidade brasileira Blumenan, no Estado de Santa Catarina, um dos territórios do Brasil que mais Açorianos recebeu nos séculos XIX e XX.
O ano de 1850 fica marcado, entre muitos outros, pelo nascimento de dois grandes portugueses: Abílio de Guerra Junqueiro e Francisco José Ribeiro de Vieira e Brito. O primeiro foi um grande amigo do micaelense Antero de Quental e o segundo teve fortes ligações ao Arquipélago Açoriano, sendo o 30.º Bispo da Diocese de Angra.
Ainda em 1850, a 27 de Janeiro, nasce o inglês Edward John Smith que viria a ser conhecido como o capitão do RMS Titanic quando este se afundou, em 1912.
Todavia, Roberto Ivens acaba por ser uma das figuras dos Açores com mais destaque no século XIX, sem esquecer o já citado Antero de Quental.
Ora, este apontamento apresenta apenas alguns traços da vida, sempre em risco, de Roberto Ivens que além dos Açores, cravou o nome de Portugal no seu peito e por ele “conquistou” África do Atlântico ao Índico.
Roberto Ivens conseguiu, depois de vários estudos, unir, por terra, Angola a Moçambique, tendo como companheiro Hermenegildo Capello.
Assim, este artigo é apenas um humilde e superficial texto sobre a vida de Roberto Ivens, grande Açoriano excelentemente retractado por alguns autores, onde não se pode deixar de referir o mestre Manuel Ferreira, outro grande Açoriano que muito tem feito pela Cultura e pela História dos Açores.
Roberto Ivens nasce de um amor escondido, entre a micaelense Margarida Júlia de Medeiros Castelo Branco, uma jovem de 18 anos, oriunda de uma família de parcos recursos, e o inglês Robert Breakspeare Ivens, de 30 anos, filho do comerciante inglês William Ivens, residente em Ponta Delgada desde 1800.
Robert Breakspeare Ivens era bisneto materno de Thomas Hickling, um abastado comerciante de origem norte-americana, vice-cônsul dos Estados Unidos da América em Ponta Delgada, para as ilhas de São Miguel e Santa Maria, em 1795, vindo pela mão de Thomas Jefferson, então Secretário de Estado dos Estados Unidos da América.
Sendo fruto de uma ligação amorosa, proibida, de pais solteiros, Roberto Ivens nasce numa casa alugada por Robert Breakspeare Ivens. Entretanto, Margarida Júlia de Medeiros Castelo Branco é deserdada e expulsa definitivamente por seu pai.
O recém-nascido acaba por ser baptizado, às escondidas, como filho de pai incógnito, a 7 de Agosto de 1850, na ermida de Nossa Senhora da Oliveira, na freguesia da Fajã de Cima, Concelho de Ponta Delgada. Roberto Ivens foi levado à Pia, para receber o Sacramento do Baptismo, por Ana de Jesus, parteira daquele lugar, sendo baptizado pelo Cura daquela igreja, tendo como padrinho o irmão do Vigário. (cont.)
Adélio Amaro