sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Lino António

Lino António da Conceição nasceu em Leiria, a 26 de Novembro de 1898. Filho de Lino António da Conceição e de Maria do Carmo Pereira Dias da Conceição. Casou com Maria Helena de Noronha Tudela.
Frequentou Belas Artes no Porto e em Lisboa. A sua primeira exposição teve lugar na cidade que o viu nascer, sendo inaugurada em 1918. Seis anos mais tarde expôs na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa e no ano seguinte (1925) faz parte do I Salão de Outono expondo, ainda, na Exposição Ibero-Americana de Sevilha onde obtém medalhas de honra (1929).
Já com diversos contactos no mundo da Arte, Lino António avança com a sua actividade, procurando, sempre, os melhores locais para mostrar os seus trabalhos e frutos da qualidade dos mesmos surgem diversos convites. Na década de 30, do século XX, participou no I e II Salão dos Independentes, na Exposição Colonial de Paris, no Salão de Inverno de 1932 e na Exposição do Secretariado Nacional de Informação.
Lino António, durante a sua vida, participou e realizou diversas exposições e ganhou várias medalhas.
No entanto, é no ano de 1938 que Lino António vê o seu trabalho, verdadeiramente, reconhecido. Assim, em 1938 realiza o conhecido friso para a sala do Presidente da Assembleia Nacional (actual Assembleia da República), pinta os frescos do arco triunfal e da varanda do coro da Igreja de Nossa Senhora de Fátima e ilustra o livro “Amadis” do conhecido poeta leiriense Afonso Lopes Vieira. No ano seguinte, faz o mesmo para “La Jeunesse Portugaise à l'École” de António Mattoso. Em 1943 faz gravuras para o livro “Vida de Jesus” de Plínio Salgado e nesse mesmo ano ganha o prémio Rocha Cabral.
Todavia, corria o ano de 1940 quando Lino António, além de participar na Exposição do Mundo Português, é admitido como professor na Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa. Quatro anos mais tarde, expõe no Secretariado da Propaganda Nacional. Em 1945 e 1946, respectivamente, deixa o seu artístico cunho nos vitrais da Casa do Douro e nos vitrais da Capela do Colégio das Escravas do Sagrado Coração de Jesus.
Em 1949, Lino António pediu ao Ministro da Educação Nacional, através de uma missiva, a realização de provas que lhe permitissem terminar o Curso Superior de Pintura. A 15 de Julho do mesmo ano o artista leiriense obtém a desejada Carta de Curso
Lino António, depois de 1949, recebe várias encomendas e deixa a sua marca nos frescos e vitrais do Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira assim como na Câmara Municipal da Covilhã, pinta os frescos da capela mor da Igreja de Santo Eugénio no Bairro da Encarnação, executa painéis de cerâmica para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, para o Pavilhão do Corpo de Alunos do Colégio Militar assim como para o Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
O ilustre leiriense é, também, autor da Tapeçaria “Olisipo”, realizada para o Hotel Ritz (Lisboa), dos vitrais do pórtico da Aula Magna, dos frescos do átrio principal da Biblioteca Nacional e dos vitrais do Tribunal de Seia. Lino António deixou muitos outros trabalhos. Por limite de idade, em 1968, aposenta-se e deixa de dirigir a Escola António Arroio.
A 23 de Outubro de 1974, em Lisboa, vítima de um acidente vascular, Lino António deixa o mundo dos vivos.

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