quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Kalidás Barreto e os "Presos Políticos de Castanheira de Pera"

Com edição da editora Folheto (Leiria) e o apoio da Fundação Inatel, foi apresentado, no passado mês de Outubro, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, distrito de Leiria, o novo livro do sindicalista Kalidás Barreto, um dos fundadores da CGTP-IN, actualmente Provedor da Fundação Inatel – “Os Presos Políticos de Castanheira de Pera”.
A mesa desta sessão, além da presença do autor, Kalidás Barreto, foi presidida por Fernando Lopes, presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pera e contou ainda com António Arnaut, ex-Ministro da Saúde e autor do Serviço Nacional de Saúde, Vitor Ramalho, presidente da Fundação Inatel, Conceição Soares, presidente da Assembleia do Município de Castanheira de Pera e de Adélio Amaro, presidente da AICAL.
Entre as muitas figuras ilustres, que marcaram presença no Salão Nobre, são de destacar Luís Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros,José Miguel Medeiros, Secretário de Estado da Protecção Civil de então, Manuel Carvalho da Silva, Secretário-geral da CGTP-IN e João Paulo Pedrosa, Chefe de Gabinete do Governo Civil do Distrito de Leiria de então.
O livro
“Este livro serve para avivar as memórias esquecidas e ensinar os que julgam que a ditadura de Salazar foi um mito e que reclamam uma mão forte para endireitar este país doente.
Esquecem ou não sabem, esses infelizes que mais vale uma democracia com erros do que a paz podre de uma ditadura de vozes amordaçadas em que se pode pensar mas nunca exprimir o pensamento contrário.
A história dos doze presos políticos ligados a Castanheira de Pera, simples trabalhadores, torturados brutalmente nas masmorras da polícia política de Salazar, pode ter sido esquecida por muita gente, mas nunca foi pelas famílias que sofreram a ausência dos maridos e as dificuldades de criar os filhos.
Elas também sofreram na carne (e de que maneira) a injustiça praticada com a complacência das autoridades locais de então. Este livro é a homenagem possível, sessenta anos depois, a essas vítimas inocentes: Inácio Lameiras, Valdemar Rosinha, Américo Correia, José Corga, Pompeu Braga, José da Laura, Alfredo Coelho, José Marques, Adriano Pardinha, Manuel Rebelo e Daniel da Silva e Fernando Neto (este preso na Lousã, onde então residia).”

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