Eu sou a pedra.
A pedra atirada
pela força da ira
do braço insensato
do vingador.
Eu sou a pedra.
A pedra inocente
que ao cair por terra
errou o alvo,
virou flor...Exponho-me!
O sol me aquece,
a chuva beija-me as pétalas...
Adormeço com o orvalho da noite
a acariciar-me...
Calo-me diante
da violência irracional
do homem arremessador.
Não atirem pedras
sobre feridas que sangram...
Fazer dos dedos cinzel,
com emoção
esculpir a pedra bruta...
E assim a poesia brotará no papel.
Capitu, Brasil
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