Foi apresentado, pela editora Folheto Edições com a colaboração do Instituto Português da Juventude, o livro “Guiné: Até Amanhã se Deus Quiser”, de Vítor Nogueira, com prefácio do Padre Vítor Melícias.
A sessão teve lugar na Delegação de Leiria do Instituto Português da Juventude, no dia 27 de Novembro e contou com a apresentação do Dr. João Abrunhosa.
Sobre este livro, que, no fundo, é o diário de um missionário, durante a sua missão na Guiné, o Padre Vítor Melícias diz o seguinte:
“Conheci o Vítor Nogueira, vai bem para vinte anos, de hábito franciscano e em radiosa juventude no Convento do Varatojo. Hoje reconheço-o sem o hábito mas com o mesmo entusiasmo sonhador de alma radicalmente franciscana.
Sempre envolvido e empenhado nas mais nobres causas. Sempre do lado dos pobres. Por eles continua pugnando, aqui pela mão da escrita e da confidência, para que a pobreza e a exclusão não sejam uma fatalidade inelutável nem um estigma sem remédio.
Aqui o temos, pois, persistente, determinado e solidário, em defesa dos direitos dos pobres, que é disso que efectivamente aqui se trata.
Em verdadeira ode em favor do pobre, nas variadas formas de pobreza material ou moral, esta obrazinha, misto de literatura de viagens e de diário ou livro de memórias, esta peregrinação pela vida e sentimentos do autor, lê-se e segue-se como se ouve contar uma história simultaneamente longa e curta, leve e profunda, banal e excelsa. Aqui há de tudo: excitam-se emoções, partilham-se sentimentos e convicções, mas, sobretudo, desperta-se solidariedade.
Aliás, esse é o fito último, motivador e confesso, com que Vítor Nogueira se deu à tarefa de ordenar memórias e ir escrevendo este testemunho – mensagem, que pôs em forma de livro. Um livro concebido e feito a pensar nos pobres, nos marginalizados, nos deserdados deste mundo.
Com a candura de quem se solidariza por instinto e por acto natural, este português com alma de missionário proporciona-nos uns deliciosos momentos de, chamemos-lhes, “leitura espiritual”, verdadeiro convite, igualmente natural e espontâneo, àquilo que S. Francisco de Assis, também ele soberanamente encantado pela pobreza e pela defesa dos pobres, proclamava como “é no dar que se recebe, no amar que se é amado”.
Seguramente que, em Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão e em contexto de compromisso, recentemente reassumido pelas Nações Unidas, de erradicação da pobreza extrema como um dos principais Objectivos do Milénio, iniciativas como a que tenho a alegria de aqui apresentar merecem um especial apoio, apreço e aplauso de quantos partilham estes mesmos ideais e objectivos.
Pela minha parte, apreciando, louvando e agradecendo, é com a maior simpatia que, muito para além da amizade que me liga ao seu autor, apresento e recomendo a leitura e a iniciativa que lhe está subjacente.”
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